NOTA DE IMPRENSA
Para celebrar o Dia da África, o Consulado Geral de Angola no Rio de Janeiro realizou, no domingo (25), um evento especial, reunindo representantes da sociedade civil e do meio político do Estado do Rio de Janeiro. O encontro teve como propósito exaltar a importância da data e reforçar os laços culturais e históricos que unem os países do continente africano.
A origem desta celebração remonta à criação da Organização da Unidade Africana (OUA). Em 25 de maio de 1963, aproximadamente 30 líderes africanos reuniram-se em Addis Abeba, na Etiópia, para assinar a carta de fundação da organização, marco fundamental na busca pela cooperação e unidade entre os países africanos.
O evento teve início com a apresentação do Grupo Coral Africano Amor do Senhor, sob a regência do Maestro Garcia Neto. O coral emocionou o público ao interpretar o hino africano na língua xhosa, falada na África do Sul, além de louvores na língua Lingala.
Em seguida, o Cônsul Geral de Angola no Rio de Janeiro, Mateus de Sá Miranda Neto, deu as boas-vindas aos presentes e fez uma breve introdução sobre o significado do Dia da África e o papel da união africana, que este ano está sob a presidência do Presidente da República de Angola, Sua Excelência João Manuel Gonçalves Lourenço.
"O Dia da África é um momento de reflexão sobre a união e o progresso dos países africanos. Celebrar essa data aqui no Consulado nos permite fortalecer os laços com a comunidade angolana e afrodescendentes no Brasil, promovendo um diálogo necessário sobre justiça e reparação," destacou o Cônsul Geral.
A programação foi dividida em dois momentos. O primeiro trouxe um vídeo documentário em homenagem aos 50 anos de independência de Angola, a serem comemorados em 11 de novembro de 2025.
Na sequência, subiram ao palco os palestrantes Benvindo Manima e Edgar Micolo, angolanos residentes no Brasil há mais de uma década.
O tema central do evento foi "Justiça e Reparações para Africanos e Afrodescendentes". Edgar Micolo abordou a "Construção da União Africana e a Criação do Dia da África", enfatizando a importância da cooperação e da preservação da memória histórica do continente.
"Falar sobre a construção da União Africana e o significado do Dia da África é fundamental para compreendermos a trajetória do continente e os desafios que ainda enfrentamos. Eventos como este ajudam a manter viva a memória histórica e reforçam a importância da cooperação entre os países africanos e seus descendentes ao redor do mundo," afirmou Micolo.
Já Benvindo Manima trouxe reflexões sobre "Justiça e Reparações para Africanos e Afrodescendentes", destacando os desafios enfrentados pela diáspora africana e as perspectivas de um futuro mais equitativo.
"Discutir justiça e reparações para africanos e afrodescendentes é uma necessidade urgente. O evento permite uma reflexão profunda sobre o papel da África no cenário global e as ações que podem ser tomadas para garantir um futuro mais justo," afirmou Manima.
A cerimônia contou com a presença de diversas entidades e membros da comunidade angolana no Rio de Janeiro, incluindo Pedro Santos (Cônsul Honorário de Cabo Verde), Dra. Fatima Malaquias, Coronel Ubiratã Ângelo, Dra. Ana Paula Aguiar, Luiz Eduardo Negrigum (Núcleo de R.I da Assembleia Legislativa), Alex Luiz Chuvas (Coordenador do Educafro-Rio), Mariana Bispo (Jornalista da TV Globo), Carmem Lucia Tindó (Professora de Literatura Africana da UFRJ) e Blaise Bernardo (Presidente da Comunidade Angolana no Rio de Janeiro).
O evento reuniu cerca de 150 participantes, que tiveram a oportunidade de ouvir e vivenciar relatos sobre a história e os desafios do continente africano narrados por africanos.
"Saio daqui com uma nova perspectiva sobre a África e sua história. A música, as falas e a energia do evento foram inspiradoras. É incrível ver como a cultura africana é tão viva e presente, nas nossas vidas" afirmou um dos participantes.